Galera foi muito louca a aventura deste domingo. Fomos eu e meu tio Vilton no início da viagem não imaginávamos o que nos aguardava, na ida o asfalto da costa dos coqueiros nós estendia um convidativo tapete vermelho de boas vindas tipico de eventos de premiação de oscar. Mas bastou entrarmos na estrada de terra para sentirmos a dificuldade que é de se conseguir ganhar uma estatueta dourada. Lama moçada, muita lama, um barro que gruda na roda e parece chiclete. Uma lama que nos trechos ruins de ladeira quando não grudava, escorregava feito quiabo. Outras vezes trechos de areia solta que mesmo molhada se bobeacemos perdiamos a direção e era tombo na certa. Chuva fina mas constante e sem contar que o caminho era novidade, estavamos abrindo caminho.
A maior dificuldade foi vencer uma ladeira de uns 200mts, levamos cerca de uma hora pra levarmos a moto de meu tio até o topo com a ajuda de um morador local, que gentilmente se ofereceu para ajudar. Na hora de levar minha moto entramos por um cerca no pasto e fui por ele, mas não pensem que foi fácil não, pois a grama tava molhada, escorregava muito e não tinha estrada e além de disso não tinha saída, tivemos que abrir a cerca de arame farpado no alto do morro. Mas valeu! Foram 6 pontes de madeira, muito verde, ar puro, aventura. Chegamos ao nosso destino de almas lavadas, digo de "almas enlameadas" mas felizes.
Em Itanagra fizemos uma surpresa a meu pai que não sabia que iriamos. Almoçamos, conversamos sobre a colheita da mandioca e da preparação da farinha. Descançamos e retornamos detardezinha. Moleza na volta! Nem pensar. Viemos por outro caminho (o de sempre) a estrada de terra parecia um tapete mas queriamos adiantar pra não escurcer e ainda estarmos ali. Ainda claro, chegamos ao asfalto. Mas nossos problemas ainda estariam começando. O asfalto neste trecho de Araças até Pojuca é todo esburacado, mas muito mesmo, a pista não tem iluminação foi o mesmo que andar em campo minado, estavamos com a faca nos dentes, foi o trecho mais tenso de toda a aventura, pra vocês terem uma idéia eu fiquei com o maxilar dolorido. Muito frio as roupas todas molhadas, a jaqueta é impermeável mas o suor era intenso. Lembrei de uma comentário de um amigo motociclista e aventureiro lá de Recife o Fábio Magnani "Andar de moto é como fazer amor: você tem que tirar a roupa para depois colocar de novo, fica todo suado, cansado e sujo. Mas vale a pena!".
A partir de Mata de São João aí foi mais tranquilo o asfalto está em boas condições e por estar em zona urbana tinhamos um pouco mais de iluminação. Perto de camaçarí fui inventar de colocar os pés na pedaleira do carona pra alongar um pouco a coxa, deu uma baita cãimbra na perna gelada que tivemos que parar pra alongar. Ufa! Depois daí, foi só alegria até chegarmos em casa por volta das 19:30.
Beleza! Amanhã, na verdade hoje vou levar a moto pra lavagem, depois uma lubrificada e pronto! Pronta para a próxima aventura.
Abraços e até a próxima!
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