Lançada em setembro 1999, em substituição à NX 350 Sahara, a NX4 Falcon não mudou praticamente nada ao longo de sua fabricação (exceto os grafismos).
Apesar dos anos e dos avanços tecnológicos do setor de duas rodas, a Falcon segue em frente, sem concorrentes diretos. Abaixo do modelo de 397,2 cm³ da Honda está sua irmã mais nova, XR 250 Tornado, e também a Yamaha XTZ 250 Lander, equipada com injeção de combustível.
Em um patamar acima estão a Yamaha XT 660R e a BMW G 650 GS que, sem sombra de dúvida, são infinitamente superiores ao modelo on/off-road da Honda. Apesar de defasada mecânica e visualmente, a Falcon tem qualidades. Seus pontos fortes são: conjunto equilibrado, conforto e freios potentes.
A ergonomia, ou seja, a postura do piloto sobre a motocicleta, também é um de seus principais atrativos de venda. Em razão do desenho do tanque e das aletas, o piloto fica bem encaixado na Falcon. O guidão mais alto e estreito oferece ao motociclista fácil pilotagem. Ao centro, um completo painel de instrumentos. O banco macio, largo e em dois níveis faz da moto de uso misto da Honda bastante confortável, já que piloto é garupa podem rodar por muitos quilômetros.
Mecânica e ciclística
A Falcon tem motor monocilíndrico de quatro tempos derivado da XR 400, com quatro válvulas e comando simples no cabeçote (OHC). O propulsor gera 30,6 cv a 6.500 rpm de potência máxima e torque máximo de 3,51 kgm a 6.000 rpm. Já que o motor é originário de um modelo “puro-sangue”, a Falcon poderia oferecer uma maior cavalaria. Só para comparar, sua antecessora, a Sahara, desenvolvia 31,5 cv a 7.500 rpm. Esta é a principal queixa: a falta de potência.
Com um conjunto bastante equilibrado, a Falcon utiliza um chassi do tipo berço semiduplo, que ancora suspensão dianteira de longo curso e da traseira Pro-Link. O sistema de freios é outro destaque. Com disco em ambas as rodas, a dianteira tem cáliper de duplo pistão e pistão simples na traseira.
O freio na roda da frente é superdimensionado para a moto. É bastante preciso – mesmo em situações extremas –, porém o motociclista deve ter sensibilidade para acioná-los. O modelo tem rodas dianteira de 21’’ e traseira de 17’’, calçadas com pneus Pirelli MT 60 de uso misto.
Impressões de pilotagem
Polivalente, a Honda Falcon pode ser utilizada no dia-a-dia e em viagens curtas no final de semana, além de estar pronta para encarar trechos de deslocamento por terra ou até mesmo uma trilha. Em razão de seu porte, a moto passa por obstáculos ou corredores apertados sem dificuldade, já que a altura dos espelhos fica acima da maioria dos retrovisores dos automóveis (exceto utilitários). Para ajudar nas manobras em vias apertadas, a Falcon tem um bom ângulo de esterçamento.
Por estradas asfaltadas, a moto tem desempenho compatível com sua proposta, principalmente se rodar a 100/110 km/h. O consumo médio gira em torno de 20 km/l. Em trechos de serra, com curvas fechadas, a Falcon surpreende, já que tem um bom ângulo de inclinação. Para ajudar nessa missão, a moto conta com um bom acerto da suspensão e também pela boa aderência dos pneus Pirelli, de perfil alto (120/90 na traseira e 90/90, na dianteira).
Apesar de seus 151 kg (a seco), a moto roda com desenvoltura por estradas de terra. Na trilha, o comportamento desta on/off não deixa a desejar, mas não é seu habitat natural. Com seu espírito de aventura, a Falcon encara muitas adversidades. Até quando não se sabe, já que o mercado brasileiro está cada dia mais exigente e antenado nos principais avanços tecnológicos. Uma coisa é certa esta trail a Honda aposentou por tempo de serviço.
MOTOR | Quatro tempos, OHC, monocilíndrico, arrefecido a ar, com cárter seco e reservatório de óleo, 397,2 cm3 |
POTÊNCIA | 30,6 cv a 6.500 rpm |
TORQUE | 3,51 kgm a 6.000 rpm |
ALIMENTAÇÃO | Carburador |
TRANSMISSÃO FINAL | Corrente |
CÂMBIO | Cinco velocidades |
PARTIDA | Elétrica |
RODAS | Dianteira de aro 21”e traseira de aro 17” |
PNEUS | Dianteiro Pirelli MT 60 - 90/90 - 21 M/C 54S; traseiro Pirelli MT 60 – 120/90 - 17 M/C 64S |
CHASSI | Quadro em berço semiduplo, com comprimento de 2.147 mm, altura de 1.210 mm, largura de 789 mm, altura mínima do solo de 245 mm; entreeixos de 1.433 mm; altura do assento de 850 mm e peso a seco de 151 kg |
TANQUE | 15,3 l (reserva de 5,3 l) |
SUSPENSÃO | Dianteira com garfo telescópico e 220 mm de curso; traseira com Pro-Link, com 195 mm de curso |
FREIOS | Dianteiro com disco simples, de 256 mm de diâmetro; traseiro com disco hidráulico, de 220 mm de diâmetro |
PREÇO | R$ 14 mil |
Texto: InfoMoto
Fotos: InfoMoto
3 comentários:
Exelente matéria sobre a Falcon.
Diz-se que em time que está ganhando não se mexe. A Honda manteve a Falcon mais de dez anos na sua linha de produção. Durante esse tempo, essa motociclea conquistou vários admiradores. Dentre tantos, eu. Tive duas. Não que não se deva mexer na Falcon. É preciso inová-la. Instalar injeção eletrônica, freios ABS, painel digital, motor flex e de 550cc. Contudo, o preço deve manter-se acessível ao público atual.
Talvez a Honda devesse adaptar a Hornet para uma Falcon modernizada. É isso
Obrigado pelo comentário Evaldo. Concordo com você em partes, sobre a hornet acredito que não dá pra fazer uma trail com motor 4 cilndros em linha. Isto além de ficar caro estes motores precisam de altas rotações para trabalharem bem. Então vai bem nas esportivas e naked´s. Caso as Trail precisam de mais tork. Neste caso os de um cilindro e dois paralelos ou em V e L são mais indicados. Eu particularmente acho que dava pra usar o motor da CRF 450 e preparar a nova Falcon com base neste motor. Dando um up nele para 600.
Abraços.
Galeraa cute a page la no face so pra galera que curte uma falcon e tirar duvidas e etc abraço...
https://www.facebook.com/groups/1478946265737081/
Postar um comentário