terça-feira, 15 de janeiro de 2013

MITSUBISHI PAJERO FULL "A LENDA"

Seu nome vem de um gato selvagem ágil e resistente. Duas qualidades sempre presentes no Mitsubishi Pajero Full desde que foi lançado, em 1982.

 

Leopardus pajeros. O nome científico, em latim, designa um felino  ágil, com incrível habilidade para escaladas e muito resistente, cujo habitat vai do Peru ao Chile. Maior e mais musculoso que um gato doméstico, tem pintas pelo corpo e cauda peluda. Vive nos dois lados da cordilheira dos Andes e é um caçador de hábitos noturnos. Eis o que se sabe sobre o discreto gato-dos-pampas, ou gato-palheiro, o nosso Leopardus pajeros. E, no entanto, poucos carros são tão célebres, conhecidos  e admirados quanto o que leva seu nome: Mitsubishi Pajero Full.
Alçado à condição de lenda viva do automobilismo como o único carro doze vezes vencedor do Rally Dakar, o mais difícil e rigoroso do planeta, o Pajero Full surgiu como protótipo em novembro de 1973.

A Mitsubishi Motors tem sua história no off road um pouco mais distante em 1934 com a construção do Mitsubishi PX33.

 

O Mitsubishi PX33, foi um protótipo construído pela Mitsubishi Heavy Industries (MHI). Construído para uso militar do Governo Japonês e foi o primeiro veiculo Japonês a ter quatro rodas motrizes. A MHI teria um retorno de 50 anos depois, em busca do seu sucesso motorizado.
Foram construídos apenas 4 protótipos do PX33 e contava com uma motorização Mitsubishi de 6.700cc de 70cv de motorização Diesel, o primeiro motor de injeção directa.
Entretanto em 1937 o PX33 foi cancelado após o governo decidir dar prioridade ao desenvolvimento de veículos comerciais e de autcarros.
O PX33 foi usado como um instrumento de marketing, para a Mitsubishi usar durante o lançamento da quarta geração do Mitsubishi Pajero. Ambos estiveram presentes no Mondial de l'Automobile em Setembro de 2006 em Paris.
 
A experiência da Mitsubishi Motors fazendo veículos Off-Road Dual-purpose remonta a 1953, quando, como algumas outras montadoras asiáticas, obteve uma licença para 'clonar' o famoso Jeep.

A versão de Mitsubishi, conhecida como "J-52", não era permitida para exportação, porque ele não era conhecido fora do Japão. Ele foi usado pelas forças de autodefesa japonesas e entusiastas que precisavam de um veículo para atividades Off-Road. Bastante durabilidade nua e simples, foi a principal característica do J-52.

 
  
A Mitsubishi Motors previu que um dia, as pessoas também iriam querer desses veículos para a condução diária e começaram a explorar alguns projetos para o futuro. Em 1973, foi exibido um veículo de duplo propósito de protótipo para uso diário. Era mais um veículo recreacional com uma parte superior aberta e uma rollbar grossa. Os assentos eram desportivos em design e imagem global era jovem. Ele foi chamado o Pajero, o nome que está sendo retirado de um animal encontrado no sul da Argentina (vide acima).

 No Salão de Tóquio daquele ano, era impossível não arregalar os olhos com o carro-conceito da Mitsubishi. Na aparência externa, tratava-se de um jipe – até então visto apenas como veículo de trabalho. Por outro lado, oferecia o aconchego e a facilidade de manejo de um veículo de passeio. Ou seja, um conceito inovador, capaz de juntar a valentia do utilitário ao conforto do Automóvel.

Mas como catalogar o recém-nascido Pajero, aquela genial invenção? Como enquadrar aquele misto de jipe-automóvel? “Não se sabia ainda, mas uma nova nomenclatura na indústria automobilística estava sendo criada pela Mitsubishi: sport-utility vehicle, sintetizada depois pela sigla SUV”, explica o jornalista Luiz Guerrero. Mesmo assim, foi preciso quase uma década até que o Pajero chegasse à linha de produção.


Depois de exibir uma segunda versão do protótipo no Salão de Tóquio em 1978, e após uma pesquisa exaustiva no mundo inteiro, foi somente em 1982 que a Mitsubishi Motors resolveu produzir em série seu utilitário esportivo. “Ele pode ser visto na porta de um bistrô parisiense ou nas areias do deserto”, afirmava a campanha de lançamento.
 


 
“Hoje é fácil imaginar o 4x4 nesses e em muitos outros lugares”, prossegue Guerrero. “Na época, entretanto, a polivalência do carro era um assombro, uma ousadia que corria o mesmo risco de todas as grandes revoluções, independentemente do setor em que ocorram.”
Mas foi justamente graças às areias do deserto que o futuro SUV da Mitsubishi se transformou numa lenda, fazendo jus ao slogan que o tornaria mundialmente respeitado: The car, the legend.

É que o Mitsubishi Pajero mal saiu da fábrica e já enfrentou seu batismo de fogo: dunas, areias e pedras impiedosas dos desertos do Saara e do Ténéré. Antes de exportar o carro, a Mitsubishi resolveu promovê-lo internacionalmente. E para isso decidiu participar da prova off-road mais exigente do mundo. Em 1983 a fábrica inscreveu quatro Pajero no Rally Dakar. Dois para competir e os demais para levar peças de reposição – as regras da época não permitiam equipe de apoio. Os carros, conversíveis e a gasolina, tinham motor 2.6 aspirado, de 4 cilindros e 110 cavalos.


 Com a exceção de apenas um, que capotou, a estreia no Dakar terminou muitíssimo bem. Os Pajero sobreviveram a 20 dias de massacre. Chegam em 11°, 14° e 30° na geral. Mas venceram na categoria Production (carros de fábrica sem modificação) e na Marathon (com modificações limitadas). De quebra, ainda levaram o troféu de Melhor Trabalho em Equipe, pela conclusão da prova sem problemas mecânicos.
Bastaram dois anos para que, em 1985, a dupla de pilotos Patrick Zaniroli e Andrew Cowan conquistasse os dois primeiros lugares da prova ao volante de seus Pajero. O carro, no entanto, começava a fazer sucesso também por seu  glamour de aventureiro: naquele mesmo ano, o príncipe Albert e sua irmã, a princesa Caroline de Mônaco, escolheram o Pajero Full para disputar o Rally Dakar.

Em 1986, nada menos que 64 Pajero vindos de locais tão diversos quanto Peru e Alemanha se inscreveram na prova, 30 deles na categoria Production, destinada a carros de fábrica. As vitórias foram se sucedendo até a consagração final: doze campeonatos no mais espetacular rali do planeta, sete deles consecutivos, de 2001 a 2007. Feito inédito para qualquer montadora de veículos.
“O carro não quebra nunca, só vai para a oficina na hora da revisão”, elogia a jornalista paulistana Joyce Pascowitch. Usuária de Mitsubishi 4x4 há mais de uma década, quando adquiriu uma cabine dupla L200 para auxiliá-la na construção da casa de campo na serra da Mantiqueira, Joyce é uma apaixonada pelo sistema multimídia de seu Pajero Full.

http://nivasouto.blogspot.com.br/2011/04/apresentacao-oficial-minha-pajero-full.html
 
 

ÁGIL, RESISTENTE E VALENTE

Quanto à resistência do carro, Joyce pode mesmo ficar tranquila. Em sua quarta geração, o Pajero Full mantém no DNA os cromossomos da durabilidade e da valentia que o consagraram no deserto – mas tornou-se definitivamente um carro de luxo. Um genuíno objeto do desejo, que está para os SUVs como um Rolex para os relógios.
Para isso contribuem as principais features do carro, atualizadas sempre com tecnologia de ponta, como o teto solar panorâmico e faróis de xênon (com lavador e regulagem automática). Ou o novo motor diesel Common Rail DI-D de 3,2 litros e 200 cavalos de potência. Na versão a gasolina, a potência chega aos 250 cavalos, graças ao motor V6 de 3,8 litros. Por outro lado, a transmissão automática Invecs-II com troca inteligente de marcha e câmbio sequencial Sports Mode permite a esportividade de um câmbio manual com todo o conforto de um automático.
 
No quesito tração, o avançado sistema SS4 II (Super Select 4WD) permite a escolha de quatro modos distintos: 4x2, 4x4, 4x4 com bloqueio do diferencial central e 4x4 reduzida com bloqueio. Nos três primeiros, a troca pode ser feita com velocidades de até 100 quilômetros por hora.
Para auxiliar ainda mais o motorista, o Pajero Full conta também com o controle ativo de estabilidade e tração ASTC. Trata-se de um sistema que analisa de modo contínuo as condições de rodagem e controla eletronicamente a estabilidade do veículo em qualquer tipo de estrada ou piso. Com isso, antecipa eventual perda de controle do veículo e adota medidas preventivas para evitar acidentes ou riscos – chegando mesmo a acionar os freios da roda que apresenta perda de aderência.
O Pajero Full se apresenta em duas versões: 5 e 3 portas, ambas com bancos de couro dianteiros elétricos. A versão 5 portas tem espaço para até 7 passageiros. A de 3 portas – na realidade uma versão compacta do Pajero Full 5 portas – oferece o mesmo conforto interno, mas sem a terceira fileira de bancos. Tanto um como o outro, no entanto, honram o nome: são ágeis, resistentes e valentes como um Leopardus pajeros.

Fonte: MITRevista – Junho 2010 - 38
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitsubishi_Pajero
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitsubishi_PX33
http://pt.wikipedia.org/wiki/Leopardus_pajeros
http://www.motortrader.com.my/news/history-of-the-mitsubishi-pajero/

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

INTERCOOLER MITSUBISHI 4M40

 

Muitos dos motores a diesel que usam turbocompressores contam com o auxílio do intercooler. Mas poucas pessoas conhecem, realmente, a sua importância ou funcionalidade.
Pode-se dizer que o intercooler é um grande aliado das turbinas, já que ele praticamente resolve um problema que pode comprometer a eficiência do funcionamento do propulsor. O turbo tem a função principal alimentar melhor o sistema de ar que entra nos cilindros do motor. Entrando mais ar para dentro dos cilindros, se tudo estiver em perfeita ordem, ou seja, bomba injetora sem problemas, bicos injetores devidamente calibrados, motor com folgas de válvula devidamente calibradas, boa compressão dos cilindros, isso resultará em maior potência.
O único senão, para o bom funcionamento do motor, é o turbocompressor alimentar os cilindros com ar quente. Se o ar introduzido sob pressão estiver muito quente , fica pobre em oxigênio e expande suas moléculas, o que faz com que ocupe muito espaço na câmara de combustão prejudicando a queima ideal do combustível.
O intercooler foi criado exatamente para compensar essa eventualidade. Quando o ar quente proveniente do turbocompressor, passa aquecido pelo seu interior ele é imediatamente arrefecido. Isso aumenta a sua oxigenação, reduz sua massa e, conseqüentemente, permite a entrada de maior quantidade de ar nos cilindros.
O resultado dessa operação é a perfeita queima do combustível proporcionando maior potência e torque ao motor. Portanto, a função básica do intercooler é trocar o ar quente, pobre em oxigênio, por ar frio, rico em oxigênio.



Este processo é fácil, fácil de fazer não precisa de oficina, faça você mesmo em casa. Basta um pouco de paciência e gostar de mecânica e de mecher no seu carro. Que é o meu caso. Tá esperando o que? Mãos a obra.

Abraços e até a próxima dica. Fiquem com Deus.


Fonte de pesquisa:  Clube do Diesel - http://www.clubedodiesel.com.br/?p=552